Irmão de meu pai, um tio atencioso, observador, calado; apreciador da natureza, boma migo.
Sabe tio, lembro muito de voce na minha infância, nos aniversarios, festas de família mas, só há alguns anos antes de seu falecimento é que nos aproximamos, tocavámos idéias, falávamos do meu pai, foi aí que soube o quanto o senhor sofreu com o falecimento dele e o quanto o amava.
A última vez que conversamos muito, o senhor tomava seu Whísk com ovo de codorna no Millenium Eventos, na Festa de São Francisco. O sino da Catedral já tocava chamando os fiéis para a Santa Missa, eu meio agitada querendo sair para ir e o senhor disse seugurando minha mão: "Celinha, fique aqui comigo, eu preciso muito da sua companhia agora!" E, encheu os olhos d'agua. Foi aí que respondi: Tio tô aqui com o senhor, pode falar! Ele falou muito de sua vida dos seus erros e acertos, trocamos muitas idéias! Fiquei feliz mas, muito surpresa com tudo aquilo.
Quando soube que ele estava no hospital e, seu caso era irreversível, não tive coragem de ir até lá, mas fiquei em oração, pedi muito a Jesus e Maria que o acompanhasse nos seus últimos momentos.
Fiquei em paz tio!
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